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O food service após a reabertura: Como será o novo normal?

12.06.2020
As previsões do mercado pós pandemia são de um mercado menor, mas com um maior número de profissionais. O food service após a reabertura irá mudar.

As previsões do mercado pós pandemia são de um mercado menor, mas com um maior número de profissionais. O retorno dos níveis de consumo que tivemos no começo do ano será gradual, porém lenta. As probabilidades mostram que é possível demorar até o 2º semestre de 2021 para que as coisas realmente possam se estabilizarem, ou até mesmo o início de 2022, considerando os piores cenários aplicáveis para a nossa situação.

A ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), foi afirmado que o mercado do ramo alimentício teve a maior retração da história e que tal queda nunca foi vista no mercado alimentício antes. O Brasil conta com 1,3 milhões de estabelecimentos registrados no país atualmente e, deste número, 20% não irão reabrir depois da pandemia. Outros 20% a 30% terão grandes dificuldades para seguirem nos próximos 6 meses.

 

A seleção natural se aplica aos food services neste caso?

Sim. A queda no faturamento foi mais brusca do que o antecipado, mas ainda assim o mercado alimentício não sofre o risco de perder a importância que têm no cotidiano do brasileiro. O setor é robusto demais para ser deixado de lado. Ele é o responsável por ⅓ dos gastos da população brasileira. É preciso ver para onde o mercado está caminhando: para um cenário que será extremamente competitivo para os profissionais.

A análise feita pela ABIA explica: dos mais de 1,3 milhão de lugares registrados, 900 mil são empregadores independentes, micro e pequenos empresários. Eles obtêm a responsabilidade de faturar R$ 140 bilhões ao ano, mas com uma média baixa de apenas R$ 13 mil ao mês. Para manter uma operação bem estruturada, comprar os produtos necessários e pagar os funcionários, esse valor é muito pequeno e quase insustentável.

 

Mantenha tudo na ponta da caneta

O estudo feito pela ABIA apresentou dados de que o setor alimentício teve uma paralisação inesperada de 60% em toda sua cadeia produtiva em decorrência do coronavírus. Esta porcentagem inclui os restaurantes, fornecedores e a indústria em geral. Com a queda de pedidos, os locais precisaram parar de comprar alimentos dos fornecedores, fazendo com que os elos que mantém a cadeia funcionando quebrassem. Isso aconteceu porque a base da pirâmide se mostrou despreparada para uma gestão de crise. Existem cinco características comuns que farão com que estes donos de negócios não consigam manter seus food services quando o retorno acontecer: 

  1. Baixo capital de giro.
  2. Recebíveis antecipados.
  3. Baixa liquidez na pessoa jurídica.
  4. Alto endividamento.
  5. Situação fiscal e contábil precárias.

Durante o retorno, a concorrência será muito menor em números, mas contará apenas com negócios bem-estruturados e que possuem um bom planejamento. Na volta do comércio, começarão também novas oportunidades. Os espaços que foram deixados precisarão ser ocupados e essa é a hora perfeita para isso. A eficiência irá ditar a retomada dos negócios. Pagando as contas mesmo com menos giro de salão e uma diversidade maior nos serviços oferecidos (como o delivery) serão necessárias, para aumentar a rentabilização. 

 

Atendimento diferenciado

Muitos clientes desejam voltar a visitar os food services, mas ainda estão com medo e preferem manter o distanciamento social. Apostar em mesas mais separadas, álcool em gel nas mesas e o uso constante de máscaras pelos atendentes é essencial. Um diferencial que você pode inserir em seu estabelecimento é o cardápio de mesa. Com esta opção, os clientes podem fazer o pedido pelo próprio celular, apontando a câmera para um qr code disponível na mesa e a tarefa do garçom será a de apenas de entregar os pratos e bebidas. Tal opção agiliza o atendimento e diminui as possibilidades de falha humana ou letra não legível. O cliente também tem o controle total do seu pedido e de todas as opções disponíveis no celular.

Você também pode ter um cardápio digital para os pedidos delivery que chegam no seu Whatsapp. Com muitos aplicativos você é cobrado uma porcentagem a cada pedido feito, já com um cardápio digital seu, você escapa dessas taxas.

 

Na situação em que o país se encontra é preciso usar a criatividade para não cair no esquecimento. Sendo assim, utilize cupons de desconto para fidelizar clientes, alguma surpresa na entrega são ideais para que o cliente lembre de você da próxima vez. Então, com a redução de 64% que o brasileiro teve com o lazer, ele precisará de incentivos para voltar a consumir. Ainda mais com a redução de renda que foi sofrida pelos brasileiros, de cerca de 25%.

 

Esperamos que este artigo ajude você a ter uma visão de como será o mercado depois do retorno. Conta pra gente nos comentários o que achou!

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Ulisses

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